Questionado por Fittipaldi sobre o que fazia ali, tão próximo da pista, Ayrton respondeu que "queria sentir a vibração do ar do carro perto do muro".

"Eu falei para ele que nunca faria o que ele fez. É a confiança em mim, mas se eu tivesse no lugar dele, não ficaria ali", brincou Fittipaldi, que foi campeão da Fórmula 1 em 1972 e 1974, o primeiro da McLaren na categoria.

Senna jamais escondeu a admiração pelo bicampeão brasileiro e que, em suas próprias palavras, foi o "responsável pelo sonho de ser piloto".

No livro 'Ayrton Senna - O Herói Revelado', o escritor e jornalista Ernesto Rodrigues conta que, para o teste na Penske-Chevy 92, de Fittipaldi, os mecânicos da equipe ainda precisaram improvisar almofadas para evitar que Senna se debatesse dentro do cockpit, por ser muito maior.

Apesar de se dar bem no teste, Senna jamais cogitou se transferir para outras categorias do automobilismo, e voltaria a correr pela McLaren na temporada seguinte, terminando como vice-campeão, atrás de Alain Prost.